Friday 8 March 2019

TUÍTI DO TAL PRESIDENTE

QUANDO ESTUDAVA,
de modo intenso, a chamada inovação tecnológica, o conceito de aprendizado foi um dos aspectos que mais me chamou atenção; suas diversas situaçõe, a partir das expressões estrangeiras, tornaram-se muito familiares (learning by doing, by using, by interacting, etc.).
Hoje, o presidente.
Na vida, na maioria das vezes, vou levando as coisas como se fizesse parte de um processo de aprendizado. Hoje, o presidente afirmou: “Pela primeira vez na vida, o número de ministros e ministras está equilibrado em nosso governo. Temos 22 ministérios, 20 homens e duas mulheres.”* Não posso ignorar isto.
No caso do twitter presidencial (foto deste post),** pus no bisaco uma grande lição (não aprendizado) meio ”vulgar”: a MÉDIA da sociedade entende pouco do mundo em que vive (mundo, no sentido de englobar assuntos, questões, temas que circulam nos diversos meios). Com este simples tuíter, o tal do presidente desejava definir e explicar para a “ralé” o que significa carnaval. De certa forma, atingiu seu intento; não me falta infelizes enviando WhatsApps (vídeos, etc.), procurando demonstrar o tal do presidente está corretíssimo. [Não digo nada, pois há “seres” que endossam Damares, ou como diz o Simão, Doidamares - com todo respeito, da minha parte].
Mal comparando, esta situação é muito similar com alguns fatos comuns do dia a dia. Não raro, as pessoas que mais conhecemos, nos marcam pelas primeiras informações que nos são passadas, as quais temos maior receio delas desconfiarem que sabemos. Noutras palavras, quando comeca-se falar de alguém que não conhecemos, mas que no futuro se tornam interlocutores próximos, a primeira coisa que ficamos sabendo são as famosas histórias, causos e/ou bombas, do passado ou contemporâneas. [E olha que eu não sou tão hipocrita. Estou sempre alerta para hipocrisias, como bem lembrou o Papa Francisco, hoje***]
O que isso significa, neste contexto? Significa que todas as organizações, instituições da nossa sociedade seriam consideradas um lixo, um refugo, um traste, caso as tomássemos pelas particularidades das histórias, dos causos de seus (indivíduos) membros. Nem a lua seria digna de consideração (devido terem passado por lá doze indivíduos, a exemplo de Neil Armstrong), imagine as instituicoes dos poderes públicos que conhecemos, muito pelas façanhas de seus individuos.
Claro, que estou falando tudo em termos de compreensão geral, haja vista ter muito receio de me meter em particularidades. Toda vez que passo a portaria de uma instituicao ou a porta de uma unidade administrativa, que me deparo subitamente com alguém, assusto-me abruptamente: será que este indivíduo desconfia que eu estou ciente das “fofocas” pretéritas ou presentes? Virgílio já dizia “Nada se espalha com maior rapidez do que um boato.”
Para que esta digressão? Para ilustrar, até certo ponto, que nem sempre particularidades, singularidades, casos isolados explicam grandes fenômenos, questões, assuntos, etc., como o tal presidente tentou explicar o carnaval por meio do twitter (e olha o que tem de livros e artigos dobre o carnaval).
Além da lição, aprendi algo, que quase morreria sem saber (mesmo sendo simpático, sem ser brincante, do carnaval): que tem gente qu3 mija na cabeça do outro. Dando razão ao tal do presidente: o que é “golden shower“?
E que os 99% dos indivíduos que conheço nunca se preocupe, jamais serei catalizador de histórias, causos e fatos, pois se tem 7ma coisa que tenho medo é que desconfie que eu estou a par das istórias alheias.

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