Wednesday 3 August 2011

BNDES

Mauro Santayana: OS ATAQUES AO BNDES E O FUTURO DO BRASIL - 

@ BNDES: o desenvolvimento e o financiamento do investimento

BNDESPar privilegia grandes empresas 7 em cada 10 das principais companhias em que braço do BNDES tinha (cont)

A propósito do BNDES Autor(es): Marcello Averbug Valor Econômico - 20/07/2011 Neste momento em que a (cont)

'BNDES é Bolsa Família para acionistas' Juros subsidiados pelo banco público superam verbas de programa (cont)

O BNDES deve participar de projetos com elevado retorno individual? TENDÊNCIAS/DEBATES - Folha de São Paulo, (cont)

O que faz o BNDES? Márcio Garcia A expansão parafiscal associada aos empréstimos do BNDES vem, sim, (cont)

Entrevista, Luciano Coutinho, Veja, edição 2227, 27 julho de 2011


Folha de S.Paulo - TENDÊNCIAS/DEBATES Carlos Lessa: Riscos sobre o BNDES - 11/07/2011


TENDÊNCIAS/DEBATES - folha,  05 de setembro de 2011
BNDESPar e BNDES: uma só missão
CAIO MELO E FABIO SOTELINO DA ROCHA
Não é correta a afirmação de que operações da BNDESPar usam recursos subsidiados, supostamente aplicados de modo indiscriminado


Revista Piauí Edição 49

O desenvolvimentista

À frente do BNDES, Luciano Coutinho revitalizou o banco que agora libera empréstimos para indústrias, empresas de baixa tecnologia, frigoríficos e grandes grupos.





Desenvolvimento, instituições e atores sociais

Luciano Coutinho
Cadernos do Desenvolvimento nº 09 - Centro Celso Furtado

11/01/2011 - Função do BNDES é dar sustentação ao desenvolvimento nacional

Segundo o Diretor de Planejamento do BNDES, João Carlos Ferraz, a função da entidade está diretamente vinculada a dar sustentação ao processo de desenvolvimento nacional, especialmente no apoio aos empresários e produtores que tragam como resultado uma maior geração de emprego e renda.



BNDES lança estudo sobre os desafios do apoio público à inovação no Brasil 19 de de 2011

A Área de Pesquisas Econômicas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou, em meados de setembro, um estudo que procura entender qual seria o desenho de políticas públicas mais adequado para estimular os gastos em inovação no país.
Através de comparações entre o os investimentos de diversos países para elevar o gasto privado em P&D, o estudo indica que os resultados do apoio direto à inovação são muito mais evidentes do que os do apoio indireto, como incentivos fiscais. E conclui: "aumentando o apoio direto de 0,02% do PIB, registrados em 2007, para 0,07% do PIB seria mais que suficiente para o país sair do patamar de 0,54% e alcançar a meta do Plano Brasil Maior de gastos privados em P&D no montante de 0,90% do PIB em 2014".
(Fonte: Notícias Protec - 19/09/2011)

Coutinho revela bastidor da ação do BNDES em 2008
por Cristiano Romero | De Brasília
Valor Econômico - 01/11/2011
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atuou, nos bastidores da crise de 2008, para impedir que empresas e bancos quebrassem em decorrência da forte desvalorização do real. O banco, segundo seu presidente, Luciano Coutinho, articulou para evitar que bancos privados resgatassem seus créditos em companhias que estavam sofrendo fortes perdas com operações de derivativo cambial.
A dimensão dos impactos da crise no setor privado foi muito maior do que se divulgou à época. "Esse processo afetou seriamente cerca de 200 empresas, sendo umas 60 a 70 em estado dramático no último trimestre de 2008. A solução para isso consumiu todo o ano de 2009", revelou, em longa entrevista à revista "Cadernos do Desenvolvimento", do Centro Celso Furtado. "Foi um longo trabalho de reestruturação, em que tecemos uma cooperação não visível com o mercado de crédito (...) Em alguns casos, o BNDES não precisou aportar recursos, mas foi essencial como coordenador das soluções."
Na ocasião, grandes empresas exportadoras, como a Sadia e a Aracruz , fizeram antes da crise grandes operações com derivativos cambiais, apostando que o real seguiria se valorizando em relação ao dólar. Com a eclosão da crise, a partir da quebra do banco americano Lehman Brothers em setembro de 2008, o real sofreu forte desvalorização.
Segundo Coutinho, naquele momento era "indispensável" para o BNDES coordenar a ação de instituições financeiras privadas, "para evitar que um jogo individualista por parte dos bancos resultasse em deterioração geral da carteira de todos". É a primeira vez que se revela o papel do BNDES no auge daquela crise.
"Uma parte do problema decorria do fato de que o banco que tinha uma fatia pequena dos créditos de uma determinada empresa ficava tentado a tirar sua parte, a resgatá-la. O credor grande, que tinha uma fatia relevante, não podia fazer isso porque sabia que iria asfixiar a empresa. Se todos os bancos que tivessem fatias pequenas buscassem sair ia ser um problema grave. Daí a ideia de o BNDES coordenar, para que os bancos atuassem conjuntamente", disse Coutinho à revista, cuja próxima edição será lançada quinta-feira e foi antecipada ao Valor.
O presidente do BNDES revelou que alguns bancos pequenos, com problemas de "funding" no interbancário, tiveram que resgatar seus créditos em várias empresas, obrigando o BNDES a trazer outros bancos para suprir seu espaço. Várias empresas exportadoras foram obrigadas a absorver grandes prejuízos com os derivativos.
"Nos defrontamos com um sério problema. O BNDES não podia entrar para cobrir os prejuízos, dando saída para os bancos causadores desses prejuízos, nem tampouco podia realizar essas operações devido ao chamado efeito de moral hazard [risco moral], pois privilegiaria os controladores imprudentes", observou.

Para estancar os prejuízos, explicou Coutinho, foi preciso interromper o processo cumulativo de perdas, negociando uma taxa de câmbio de encerramento das posições, de forma a estabelecer um montante devido e partir para o seu financiamento a prazos mais longos. O BNDES deixou claro que essa pré-condição era essencial e que os bancos responsáveis pela venda dos derivativos tinham a obrigação de equacionar o refinanciamento dos prejuízos. "Só após obtido isto, interviemos e quando necessário reestruturando o controle para poder capitalizar e criar empresas capazes de voltar a investir", disse Coutinho.
O presidente do BNDES fez um apanhado sobre a economia brasileira desde os anos 50 e suas perspectivas. Ele afirmou que, depois de anos digerindo a crise da dívida, o Brasil recuperou, entre 1999 e 2005 e entre 2004 e 2006, um mínimo, respectivamente, de robustez fiscal, conquistada a partir da Lei de responsabilidade Fiscal, e robustez cambial, obtida com a acumulação de reservas cambiais. Essas condições foram essenciais para sustentar taxas mais altas de crescimento e permitiram ao país adotar políticas anticíclicas, fundamentais para o país enfrentar a crise de 2008, a mais grave desde 1930.
Um dos principais conselheiros da presidente Dilma Rousseff, Coutinho, que comanda o BNDES desde maio de 2007 e que nesse período quase triplicou o orçamento de desembolsos do banco, advertiu que o país deve tomar o cuidado com o déficit externo, que hoje está em torno de 2% do PIB.
"É relevante extrair a lição. Nunca deveríamos esquecê-la. Faz uma diferença fundamental para a capacidade do Estado, para sua autonomia, ter ou não ter robustez cambial. Ter robustez fiscal é indispensável, mas ter robustez cambial é decisivo, sem ela não é possível um mínimo grau de autonomia", disse ele. "Preocupa-me que uma possível tolerância com um déficit em conta corrente muito alto possa desfazer a robustez cambial do país em pouco tempo. Então, se nós não retivermos essa lição, poderemos desfazer as condições básicas essenciais para sustentar o crescimento daqui para frente."


Precisamos do BNDES para o desenvolvimento
por Karen Fernandez Costa
Estratégia do banco envolve o estímulo a setores prioritários, à inovação das empresas brasileiras e à formação de grandes conglomerados nacionais competitivos no mercado internacional
Valor Econômico - 07/05/2012


POLÍTICA DE TESOURARIA DO BNDES
por Selmo Aronovich

Não há nada essencialmente diferente na gestão e no tamanho da tesouraria. Ela exerce as mesmas funções que em qualquer outro banco, sendo proporcional ao tamanho de suas obrigações

VALOR ECONÔMICO, 13/10/2014

Em artigo no Valor de 1/10/2014, o economista Mansueto Almeida faz menções equivocadas ao BNDES, em particular em relação à sua gestão de tesouraria, isto é, à operação com títulos públicos federais e disponibilidades de caixa.

Sua conclusão é de que haveria uma geração extraordinária de lucros com o propósito de elevar artificialmente a distribuição de dividendos ao acionista controlador do BNDES, a União. O aumento da carteira de títulos públicos responderia por um terço dos lucros e dos dividendos que o banco tem registrado.

A análise carece de maior fundamento ao não considerar o papel e o funcionamento da gestão de liquidez de uma instituição financeira de grande porte e toda evolução bancária e institucional ocorrida nos últimos anos, com destaque para a maior preocupação com o risco de liquidez em Basileia 3 e a preparação e o efetivo ingresso do BNDES como operador de reservas bancárias no Sistema de Pagamentos Brasileiros - SPB.

A carteira de tesouraria está alinhada com as de outros bancos de desenvolvimento, como Banco Mundial e BID

A partir de 2008, observou-se um crescimento expressivo na escala das operações do banco. Hoje, tem ativos de mais de R$ 800 bilhões e desembolsos anuais de cerca de R$ 190 bilhões (dados de 2013), além de arcar com despesas mandatórias anuais (despesas administrativas e operacionais, serviço de dívida, distribuição de resultado, pagamento de tributos etc) que representam saídas de caixa da ordem de R$ 50 bilhões. A constituição e a manutenção de uma reserva maior de ativos líquidos se tornou necessária para garantir a estabilidade dos desembolsos e do atendimento das despesas.

A ideia de que os empréstimos do Tesouro ao BNDES teriam sido prescindíveis em 2013 e 2014 supõe que uma instituição financeira desse porte possa operar com níveis de liquidez próximos a zero, o que viola regras básicas de prudência bancária.

As liberações de recursos pelo BNDES ocorrem de acordo com a evolução dos projetos apoiados. Por um lado, o banco precisa comprovar que foram realizados os investimentos físicos e os gastos financiados pelos recursos já liberados. Por outro, é preciso ter disponibilidade de caixa para fazer novos desembolsos, de forma a não prejudicar o andamento dos projetos que gerarão as receitas para o pagamento dos empréstimos concedidos pelo BNDES.

Portanto, a necessidade de liquidez tem relação direta com o tamanho do banco. Conforme a política de tesouraria, cujos contornos estão disponíveis em artigo do nº 37 da revista do BNDES e seguem os preceitos do Acordo de Basileia, a carteira de ativos líquidos do BNDES deve ser no mínimo equivalente aos valores previstos de saída de caixa nos 3 meses seguintes.

É verdade que a tesouraria também gera receitas. Foram elas que permitiram ao banco reduzir a remuneração mínima de sua carteira de crédito. A meta de spread que balizava as políticas operacionais do BNDES era até 2005 de 2% ao ano, tendo sido reduzida para 1,4% em 2006 e 1,1% desde 2008. Para isso, foram transferidas receitas de operações de renda variável e de tesouraria para reduzir a margem bancária cobrada dos clientes.

Ao contrário do que sugere a referida análise, o beneficiário principal dos ganhos de tesouraria são os clientes do BNDES, não o seu acionista. Afinal, a função precípua do banco é normalizar as condições de crédito em reais para a economia brasileira, oferecendo prazos e taxas compatíveis com os retornos esperados dos projetos e com o padrão de financiamento global.

Ainda assim, é preciso notar que a participação das receitas de tesouraria no total de receitas do BNDES tem apresentado um comportamento relativamente estável nos últimos dez anos, como mostra o gráfico.

A carteira de tesouraria, composta por disponibilidades e títulos públicos flutuou na última década entre 7% e 10% dos ativos totais do BNDES. Tais oscilações são naturais porque há uma defasagem entre a captação e o repasse de recursos.

Em relação a outras instituições financeiras, a carteira de tesouraria do BNDES não é excessiva, sendo bem menor do que a dos bancos comerciais nacionais - cuja participação média no total dos ativos é da ordem de 30% - e alinhada com as de outros bancos de desenvolvimento, como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco de Desenvolvimento Chinês.

A conclusão é que não há nada essencialmente diferente na gestão e no tamanho da tesouraria do BNDES. Ela exerce as mesmas funções que em qualquer outro banco, sendo proporcional ao tamanho de suas obrigações. É natural que o debate em torno do banco confronte opções políticas distintas, que são refletidas nas prioridades adotadas ao longo de sua história, porém nada justifica questionar a atuação e o rigor técnico da gestão do BNDES.

(*) Está disponível no Portal do BNDES uma versão deste artigo com mais dados e informações que reforçam os argumentos aqui descritos.

Selmo Aronovich é superintendente da área financeira do BNDES.




ECONOMIA CRIATIVA x CULTURA


A ESPERANÇA DE CELSO FURTADO NAS ELEIÇÕES DE 2014
by Juarez Guimarães

AJUSTE PARA QUEM? Celso Furtado, o golpe de 64 e as eleições de 2014
por Pedro Paulo Bastos
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