Morta precocemente há duas semanas, pesquisadora heterodoxa norte-americana examinou a fundo papel do Estado e do conhecimento na superação do atraso econômico
Os economistas heterodoxos do mundo todo estão de luto. No dia 14 de março, faleceu subitamente, aos 68 anos de idade, a professora do Massachusetts Institute of Technology (MIT) Alice Hoffernberg Amsden, uma das principais vozes da nova economia política – que hoje tem como representantes autores como Ha-Joon Chang, Joseph Stiglitz e Dani Rodrik – e umas das maiores especialistas em política industrial e industrialização tardia dos últimos tempos. [HA-JOON CHANG]
Em um período de “fim da história” (autoproclamado pelos Estados
Dilma fecha primeiro documento brasileiro sobre Rio+20
Posições iniciais do país na Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável de 2012 serão definidas por Dilma Rousseff com ministros nesta terça (25). Documento será negociado internamente e, a partir de novembro, na ONU. "Brasil tem e exercerá liderança", diz ministra Izabella Teixeira. Motivo de preocupação, Código Florestal dá mais um passo no Senado.
André Barrocal
País quer lado social em cúpula ambiental Brasil vai tentar transformar conferência Rio +20, no ano que vem, em fórum para discutir erradicação da pobreza Ministra do Meio Ambiente divulgou metas que atrelam a preservação ambiental à redução da miséria CLAUDIO ANGELO DE BRASÍLIA - Folha, Ciência, 02-11-2011
A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20) foi o tema central da reunião do embaixador Luiz Alberto Figueiredo com conselheiros do CDES e equipe Sedes, em Brasília, no dia 21 de outubro.
CONTRIBUIÇÕES PARA A CONFERÊNCIA RIO+20 - DOCUMENTO CONJUNTO “ACORDO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL” -- CDES
Como inventar um novo planeta
O Estado de S. Paulo - 20/01/2012
Afinal a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou, em 19 páginas, seu documento preliminar sobre a conferência mundial Rio+20, a realizar-se em junho no Rio de Janeiro. O texto O Futuro que Queremos está repleto de boas intenções, mas quase vazio de meios concretos, específicos, para a sua realização - reforçando os temores de tantos estudiosos, muitos deles já mencionados neste espaço, de que a conferência venha a ser um malogro, ou apenas um espaço para palavras, sem consequências práticas.
O documento reafirma "a determinação de livrar
Chefe de ambiente no Itamaraty fala sobre expectativas para conferência ambiental que, para ele, não selará acordo legal
RAIO-X ANDRÉ CORRÊA DO LAGO
ORIGEM Brasileiro, filho de diplomatas, nasceu em Paris em 1959
FORMAÇÃO Economia, pela UFRJ
ATUAÇÃO É diretor do departamento de meio ambiente do Ministério das Relações Exteriores e foi chefe da delegação brasileira na 16ª Cúpula da ONU sobre Mudança Climática (COP17), em Durban, em dezembro
A falsa medida da riqueza por Partha Dasgupta e Anantha Duraiappah Há um consenso entre cientistas sociais de que medimos incorretamente nossas vidas ao usar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita como referencial do progresso Valor Econômico - 10/04/2012 mesmo arquivo "O ambiente virá sempre em quarto lugar?" Autor(es): Daniela Chiaretti | De São Paulo e Nairóbi Para Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma, as economias não podem usar os recursos naturais como se fossem eternos Valor Econômico - 10/04/2012
A publicação informa as ações da UNESCO a respeito de seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, e visa à difusão dessas ações durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Rio de Janeiro, Brasil, 20 a 22 de junho de 2012.
A conferência Rio+20 oferece ao mundo uma oportunidade única para impulsionar a agenda do desenvolvimento sustentável. A Conferência tem três objetivos principais: assegurar um compromisso político renovado para o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso e as lacunas na implementação de acordos estabelecidos e lidar com os novos e emergentes desafios. Os dois temas da Conferência são a economia verde dentro do contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e o marco institucional para o desenvolvimento sustentável.
Título original: From green economies to green societies: UNESCO's commitment to sustainable development
Um dos entraves é a relutância dos países desenvolvidos em liberar recursos BRASÍLIA — Contaminadas pela crise financeira mundial que atinge principalmente as economias europeias, as negociações para a elaboração de um texto consolidado na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, chegam à reta final com 75% dos parágrafos em aberto. Um dos mais fortes entraves a um acordo é a pouca disposição dos países desenvolvidos quanto a liberar recursos, transferir tecnologia e capacitar pessoas para que as nações em desenvolvimento possam cumprir as metas que forem estabelecidas.
As negociações serão retomadas na terça-feira, no Riocentro. Segundo o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, secretário-executivo da Comissão Nacional da Rio+20, o fato de terem sido fechados 70 parágrafos e faltarem 200 não assusta. Na Rio 92, concluiu-se o texto no último dia.
— Muitos parágrafos que faltam ser aprovados se encontram em fase de conclusão. Naturalmente, há questões mais complexas e delicadas que vão requerer um esforço maior na reunião do comitê preparatório, que acontecerá de 13 a 15 de junho — disse Figueiredo ao GLOBO.
Esse esforço terá de passar, necessariamente, pela garantia de financiamento dos meios de implementação. Uma boa notícia é que não existem mais divergências sobre a inclusão de objetivos de desenvolvimento sustentado em termos gerais. Os líderes mundiais aprovarão metas globais e voluntárias, a fim de levar adiante a iniciativa dos Objetivos de Desenvolvilemto do Milênio, que termina em 2015.
Neste excelente video, veja em oito minutos os principais eixos e objetivos da Rio+20, apresentados por Aron Belinky. Explica como funciona a Rio+20 e por que o diagrama da rosquinha resume tudo.…Texto completo
Neste estudo Ignacy Sachs nos traz os principais desafios da Rio+20, elencando os dilemas da segurança alimentar, do paradigma energético e outras áreas. Particular importância é dada à questão da governança, já que se não nos dotarmos de melhores instrumentos políticos e financeiros, continuaremos trabalhando com intenções. (L. Dowbor)… Texto completo
Todos nos sentimos um pouco confusos com a Rio+20. E sabemos sim que os desafios são essenciais para o planeta e a humanidade. Na presente nota, não há nenhuma pretensão de apresentar respostas para dilemas deste porte. Mas pareceu-nos útil fazer uma pequena resenha de alguns dos documentos e estudos…Texto completo
Ao falarmos em tecnologia, temos tendência a olhar para os setores mais modernos e áreas de ponta. No entanto, torna-se cada vez mais importante, em particular para assegurar a inclusão produtiva, generalizar as tecnologias simples que aumentam a produtividade e podem ser rapidamente multiplicadas. O pequeno estudo, fruto de 50… Texto completo
Custos da economia verde opõem países ricos e emergentes Por Daniela Chiaretti, Assis Moreira, Guilherme Seródio | De São Paulo, Copenhague e Rio A Rio+20 começa na quarta-feira com um grande ponto de tensão sobre como será dividida a fatura da transição para a economia verde Valor Econômico - 11/06/2012 Connie Hedegaard, da União Europeia: emergentes devem ajudar a financiar a transição para a economia verde
O PORQUÊ DO IMPASSE CLIMÁTICO por José Eli da Veiga Nenhuma das nações mais ricas vai admitir que sua precocidade em gerar e adotar inovações que geraram o desenvolvimento seja motivo de indenização às menos desenvolvidas
VALOR ECONÔMICO, 29-11-2013 Há sobre o aquecimento global fundamentações científicas muito mais extensas, profundas e legitimadas do que sobre qualquer outra fronteira ecológica. Por isso, só pode ser ampla, geral e irrestrita a perplexidade diante da falta de ações que mitiguem as emissões humanas de carbono. A recente gincana multilateral de Varsóvia só foi mais um capítulo da maçante novela "Descompasso entre Ciência e Política do Clima", em cartaz há um quarto de século. Nesse contexto é inevitável a suspeita de que, em última instância, a causa de tanta insensatez seja de caráter cognitivo. E como nas negociações internacionais costuma ser dominante a influência dos economistas, é sobre a natureza de seus diagnósticos e prescrições que imediatamente se volta a averiguação da hipótese. Todavia, está na dinâmica política de seleção de novas regras e normas internacionais a explicação para tão dramático impasse. Todos os economistas imunes à versão negacionista da mudança climática insistem que o carbono precisa ter um preço capaz de corrigir tamanha falha de mercado, embora essa unanimidade se desfaça quando a questão passa a ser de engenharia: como obter o ajuste. A mais óbvia saída é a taxação, proposta desde os anos 1970 nos estudos do pioneiro William D. Nordhaus, ainda na pré-história da formação do consenso científico sobre o impacto dos gases de efeito estufa. E agora revisitada no livro "Cassino Climático", comentado por Martin Wolf nesta página do Valor de quarta, 27/11. Brasil retrocede com proposta que considera emissões imputáveis a cada nação desde a revolução industrial No entanto, em 1997, momento decisivo para construir as instituições previstas na Convenção de 1992, os corpos diplomáticos reunidos em Kyoto rechaçaram a tributação em favor da proposta fundamentalista de gradual montagem de mercados nos quais se formaria o preço do carbono. As consequências desse cavalo-de-pau demoraram a ficar patentes, mas hoje todos os balanços evidenciam que os efeitos dos muitos mercados de carbono não chegam a ser sequer paliativos. Perdeu-se imenso tempo para constatar que não adianta constranger grandes emissores do setor produtivo a cobrirem os custos de seus direitos de poluir se todo o restante do sistema econômico permanece sem incentivos para reduzir suas emissões. E o pior é que ainda hoje há quem não perceba que uma taxa-carbono sobre o consumo jamais poderia ter sido substituída por restrito comércio de permissões entre as grandes empresas emissoras do setor produtivo. Porém, tamanha barbeiragem econômica foi ainda superada em Kyoto quando uma majoritária aliança das nações mais pobres manipuladas por potências regionais emergentes (Brics) vibrou com a vitória de Pirro de só estabelecer metas obrigatórias de corte de emissões para as nações mais ricas. E o fizeram sabendo que o parlamento da principal potência dispunha de análises de custo/benefício nacional contrárias à imediata redução compulsória de emissões de gases de efeito estufa, o inverso do que ocorrera com a questão do ozônio no final dos anos 1980. Ou seja, se houve influência de alguma racionalidade econômica no âmago do Protocolo de Kyoto ela foi irrisória e indireta, pois é política a longa marcha do Sul contra o Norte nas instâncias multilaterais. Ainda mais grave, contudo, é que agora o mantra das "responsabilidades comuns, porém diferenciadas" passou a ser usado pelo Brasil para retroceder à proposta de que o critério de distribuição dos engajamentos deveria ser o conjunto das emissões imputáveis a cada nação desde a revolução industrial. Qual pode ser o sentido ético de se pretender estabelecer dívida por práticas dos antepassados das atuais populações do primeiro mundo por problema que a ciência só começou a confirmar nos anos 1970, e cuja seriedade só foi admitida pela comunidade internacional entre 1988 e 1992? Além disso, não há proposta que possa ter efeito mais desagregador, pois nenhuma das nações mais ricas poderá admitir que sua precocidade em gerar e adotar as inovações que mais impulsionaram o desenvolvimento moderno constitua motivo de indenização às nações que só mais tarde delas puderam tirar proveito. Melhor seria que recompensassem as que lhes forneceram escravos... De resto, é ínfima a possibilidade de se encontrar solução para qualquer problema global em arenas de 193 Estados dos quais apenas 28 conhecem um incipiente processo de desapego da soberania nacional. Então, por mais que possam ser apontadas razões de natureza cognitiva, é mediante pesquisas interdisciplinares sobre relações internacionais que se pode avançar no entendimento e explicação da maluquice climática. Não por acaso foram elas que já ensejaram no Brasil duas ótimas análises: "Copenhague: Antes e Depois", de Sérgio Abranches (Civilização Brasileira, 2010) e "Sistema Internacional de Hegemonia Conservadora; Governança Global na Era da Crise Climática", de Eduardo Viola, Matías Franchini e Thaís Lemos Ribeiro (Annablume, 2013). José Eli da Veiga é professor titular da USP e autor de "A desgovernança mundial da sustentabilidade" (Editora 34, 2013). Escreve mensalmente às terças-feiras. Página web: www.zeeli.pro.br
A NATUREZA E A AÇÃO HUMANA Por José Eli da Veiga | Para o Valor, de São Paulo Stephen Sanderson vem com obra essencial sobre a dinâmica evolucionária que permeia a vida social, mas deixa espaços vazios Jornal VALOR ECONÔMICO, 21-02-2014 China and the environment THE EAST IS GREY
O governo vai criar, dentro de um mês, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), aposta da presidente Dilma Rousseff para fortalecer a indústria brasileira diante da forte competição dos produtos importados com elevado conteúdo tecnológico. A Embrapii contará com R$ 30 milhões para emprestar a três institutos de pesquisa já conveniados. Baseado no exemplo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), criada em 1973, a Embrapii será uma companhia de gestão mista, mas de capital estatal.
O governo vai criar, dentro de um mês, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), a grande aposta do governo Dilma Rousseff para fortalecer a indústria brasileira diante da competição com produtos importados de alto teor tecnológico. A Embrapii contará, já de partida, com R$ 30 milhões para emprestar a três institutos de pesquisa já conveniados. O capital da empresa receberá um aporte duas vezes maior no ano que vem, cumprindo a meta traçada pelo governo federal de destinar R$ 90 milhões para pesquisa industrial entre o último trimestre deste ano e o fim de 2012.
Largamente baseado no sucesso da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), criada em 1973, no auge do milagre econômico, e na alemã Fundação Fraunhofer, a Embrapii, no entanto, não será uma companhia estatal. Diferentemente da Embrapa, que ao longo deste ano consumirá um orçamento de R$ 1,8 bilhão e conta com 9,2 mil funcionários, a Embrapii terá gestão enxuta e não contará com um corpo de pesquisadores. Funcionará como um "selo certificador" dos institutos habilitados a operar junto à indústria. ...SEGUE....
O erro é acreditar que a ciência e a matemática são pré-requisitos para a invenção; na verdade, são simultâneas a ela
Nos Estados Unidos, dos 3,7 milhões que entraram na primeira série em 1984, só 20% declararam interesse em carreiras em ciências exatas na sétima série, e 4,5% se formaram nessa área. Agora, o governo americano percebeu o óbvio e tenta remediá-lo: a escola afasta os jovens das carreiras científicas.
O ensino de ciências exatas nos EUA, como no Brasil, é uma longa preparação para a graduação nessas áreas, ignorando que só 5% vão cursá-las. Fazemos dele uma aborrecida sequência de tópicos sem utilidade ou função cognitiva. .....................SEGUE.................