"Precisamos de Marinha e Petrobras no estudo do mar"
Com o orçamento federal apertado para reduzir a dívida pública, diz ministro de Ciência e Tecnologia, solução será buscar apoio entre empresas e militares
TENDÊNCIAS/DEBATES
Novos desafios para o CNPq
CARLOS ALBERTO ARAGÃO DE CARVALHO FILHO e GLAUCIUS OLIVA São Paulo, segunda-feira, 24 de janeiro de 2011 Não há como ser a quinta economia do mundo sem educação básica de qualidade e sem formação superior de cientistas em maior número
No Brasil, a construção de uma infraestrutura para ciência e tecnologia é recente. Começou em 1951, com o Conselho Nacional de Pesquisas - CNPq, criado pela lei nº 1.310, de 15 de janeiro, com a missão de fomentar pesquisas e a formação de pesquisadores; ainda em 1951, veio a criação da Capes; em 1962, a da Fapesp; em 1967, a da Finep; finalmente, em 1985, a do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Em 60 anos, os avanços são expressivos. Hoje, temos uma comunidade científica e tecnológica com 1,7 milhão de currículos na plataforma Lattes do CNPq, 135 mil deles de doutores e 237 mil de mestres, e 27 mil grupos de pesquisa no Diretório de Grupos de Pesquisa.
O pagamento de longo prazo de salários a cientistas feito por fundos públicos vai exigir mudanças legais, mas creio que o esforço valeria a pena
TENDÊNCIAS/DEBATES - folha de são paulo, 23março2011
JC e-mail 4441, de 23 de Fevereiro de 2012.
1. Cientistas criticam novo corte no orçamento de áreas estratégicas para o desenvolvimento do País
MARCELO GLEISER Ciência cara = bom investimento
Um mundo sem ciência ambiciosa fica privado de conhecimento novo e das aplicações das descobertas
FOLHA DE SÃO PAULO, 13-05-2012, caderno Ciência
Fazer pesquisa é caro, mas vale a pena. Vamos pensar apenas na ciência de base, ou seja, a ciência que não tem o objetivo imediato de ser "útil" via aplicações tecnológicas ou gerando riqueza, cuja meta é investigar a natureza. Quanto um país deve investir nesse tipo de pesquisa?
Quando se discute como equilibrar o orçamento da União, é crucial questionar como os fundos vindos do contribuinte devem ser usados. Afinal, existem necessidades críticas em educação, infraestrutura de transporte, modernização de hospitais, atendimento médico para milhões de necessitados etc.
Num ensaio recente na "New York Review of Books", uma prestigiosa publicação americana, o prêmio Nobel Steven Weinberg (The Crisis of Big Science) afirma que a solução nunca deve ser tirar dinheiro de áreas necessitadas para financiar pesquisa de base (ou qualquer outra). Por outro lado, o investimento na pesquisa de base deveria ser uma opção óbvia para qualquer país que pretende ter uma posição de liderança internacional.
No início do século 20, físicos lidavam...
FREY, K. Políticas públicas: um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil. IPEA. Planejamento e Políticas Públicas, n° 21, p. 212-259, 2000
Dias, p. 17
OSZLAK, Oscar. Políticas públicas y regímenes políticos: reflexiones a partir de algunas experiências latinoamericanas. Documento de Estudios CEDES, v. 3, nº 2, Buenos Aires, 19¿¿
This text examines the concept of civil society, the role attributed to civil society in different countries, at different times and historic situations, the reasons for its surfacing and its multiple forms in political discourse
Analisar a mudança: políticas públicas e debates num sistema de diferentes níveis de governo Eve Fouilleux - Estudos e Sociedade, p. 88-125, abril 2011
Sob o título “Madraçal no Planalto,” a última edição da revista Veja publicou uma “reportagem” sobre a Universidade de Brasília (UnB) com uma série de erros factuais. Por Idelber Avelar [06.07.2011 12h15]
Internet amplia acesso às pesquisas científicas Por THOMAS LIN NYT, In: Folha de São Paulo, 13-02-2012 Há séculos, a pesquisa científica é feita em particular, e então apresentada a publicações para ser revisada por outros cientistas e, mais tarde, é publicada.....
ENTREVISTA - TYLER NEYLON Preço de acesso a pesquisas impede inovação ORGANIZADOR DE BOICOTE À MAIOR EDITORA DE REVISTAS CIENTÍFICAS CRITICA MODELO DE PUBLICAÇÃO RAFAEL GARCIA - DE WASHINGTON folha de são paulo, 17-02-2012, caderno CIÊNCIA Um abaixo-assinado que critica as práticas de mercado da maior editora científica do mundo, a Elsevier, já tem mais de 6.200 signatários, a maioria pesquisadores de instituições públicas. O organizador do boicote contra a empresa, porém, está na iniciativa privada.
Gustavo Ioschpe
"Muitos educadores e pedagogos são, na verdade, ativistas sociais em busca de uma causa. Seu objetivo é mudar o mundo, e os alunos são apenas um veículo"
Os professores devem ensinar. E não tentar salvar o mundo
Avaliar para moldar
por Vladimir Safatle - Carta Capital, 06julho2011
[Os rankings internacionais de universidades não seriam uma das maneiras silenciosas de impor um modelo, de privilegiar certas linhas de pesquisa?]
Carlos Martínez Alonso y Javier López Facal son profesores del CSIC. EL PAIS
La ciencia no tiene por qué ser inmediatamente útil; a lo que sí está obligada es a ensanchar el campo del conocimiento humano. Lo curioso es que se acepta ahora como 'única' política pública un modelo conservador
La nueva ley ha logrado reunir en torno a ella un inhabitual consenso parlamentario y la necesidad del conocimiento científico está permeando los distintos estamentos sociales, incluido el político
La nueva ley ha logrado reunir en torno a ella un inhabitual consenso parlamentario y la necesidad del conocimiento científico está permeando los distintos estamentos sociales, incluido el político
Los cacareados 'rankings' de universidades son como las listas de éxitos populares. Pero la excelencia no es lo mismo. Los criterios de evaluación basados en la rentabilidad son toda una amenaza
A política pública para a educação superior no Brasil (1995-2008) : ruptura e/ou continuidade?
Cristina Helena Almeida de Carvalho TESE 2011
Resumo: O objetivo da tese foi compreender a relação complexa da política pública para a educação superior, entre 1995 e 2008, por meio do arcabouço teórico da vertente histórica do neoinstitucionalismo. Por meio da análise tridimensional da política (polity, politics e policy), a pesquisa procurou reconstruir o ambiente multifacetado do processo de gestação da política pública, que tem início na constituição da agenda pública e perpassa a formulação e a implementação da política educacional nos governos dos presidentes Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002) e Luís Inácio Lula da Silva (2003 a 2008). O fio condutor é a dinâmica da Arena Decisória de Educação Superior, na qual a política pública gestada pelo MEC influenciou e foi influenciada pelo conjunto de atores governamentais e sociais. A política pública foi entendida como um conjunto sistêmico interdependente de sete pilares, a saber:autonomia, centralização do poder decisório, avaliação, formação de professores, flexibilização curricular, expansão e financiamento, que contribuíram para intervenção do Poder Público em prol da expansão da educação superior.O exame da complexidade de cada um desses elementos possibilitou responder a primeira indagação proposta pela tese. A despeito da agenda sistêmica traduzida nas recomendações do Banco Mundial e da UNESCO, a disputa política conformou certo resultado que materializou os interesses divergentes, e, portanto, não foi produto exclusivo da intervenção externa. Levando-se em conta as especificidades de cada momento histórico, o trabalho re-construiu o ambiente socioeconômico e as limitações fiscais, a fim de estabelecer uma análise comparativa entre as duas presidências. A conclusão da tese é que, em que pese os inúmeros elementos de continuidade, há vários indícios de ruptura. O traço de continuidade fica claro, sobremaneira, na formulação legislativa, em prol do modelo de expansão da educação superior pela iniciativa privada, que tem o PROUNI como sua maior expressão, assim como a evidência de inércia institucional, associada à dependência das trajetórias percorridas (path dependence). O traço de ruptura e mudança institucional na gestão de Lula consubstanciou-se na retomada do protagonismo da União na educação superior, que se traduziu no crescimento intensivo e extensivo das IFES. Mais do que isso, sobreveio a mu- dança, sobretudo, no 2º mandato,do padrão de financiamento que combina ao acréscimo de recursos às IFES para pessoal, custeio e investimento, as verbas destinadas ao alunado do segmento federal
Convém olhar o modelo dos EUA por dentro; a sedução dele raramente é acompanhada pelo conhecimento das suas verdadeiras engrenagens
No dia 22 de junho, neste espaço, Rogério Cezar de Cerqueira Leite lançou uma provocação: como a universidade brasileira pode subir no "ranking" de qualidade? Para o físico brasileiro, a resposta aponta para os Estados Unidos e para a Inglaterra. ... ... ... ... ... ...
Retrocesso em ciência e tecnologia
ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE
TENDÊNCIAS/DEBATES
Os cortes em ciência condenam o país ao subdesenvolvimento; a aversão dos economistas por tecnologia, preferindo fazer o país pagar royalties, é desastrosa
Em relação ao ano de 2011, o orçamento federal de 2012 para o setor de ciência e tecnologia teve um acréscimo de cerca de 20%....
HELENA NADER
TENDÊNCIAS/DEBATES
O ASSUNTO É
POLÍTICA CIENTÍFICA Cortes em ciência e o país em marcha à ré
Em nome do superávit primário, eles causarão prejuízos muito grandes na competitividade da indústria brasileira; não é uma questão corporativa ou salarial....
Mão de obra barata, dependência cultural e oligopólios tornam os altos recursos para a inovação no país inúteis; de 90 mil doutores, só 68 foram inovar em empresas
Desde 2000, quando o governo resolveu subsidiar diretamente a inovação e a P&D (pesquisa e desenvolvimento tecnológico) nas empresas, os recursos não param de crescer.
Do aumento do orçamento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, de R$ 1,6 bilhão de reais para os R$ 12,2 bilhões previstos inicialmente para 2012, a maior parte foi destinada a cumpri-lo. Há também vultosos recursos para inovação que vêm do BNDES e via renúncia fiscal.
A estratégia nacional de ciência, tecnologia e inovação para os anos entre 2012 e 2015 coloca esse objetivo como central. Ela contará com recursos públicos de R$ 74,6 bilhões.
Mas, passados dez anos, a julgar pelas enquetes feitas pelo IBGE sobre o período entre 1998 e 2008 junto às "empresas inovadoras" (as que introduziram produto ou processo novo no mercado), não há resposta a esse fluxo de dinheiro.
A parcela da receita líquida alocada pelas empresas "inovadoras" em "atividades inovativas" (as que possibilitaram a inovação, como a compra de máquinas e equipamentos, P&D e treinamento) diminuiu no período. Foi de 3,8% para 2,5%.
E a parcela orientada à P&D, que tem sido o foco da política de ciência, tecnologia e inovação, permaneceu estável em 0,6%.
Vale pretende criar "MIT" brasileiro
Inspirada no instituto dos EUA, empresa investe R$ 400 milhões em 3 centros e quer atrair "cérebros" do exterior
Diretor do ITV diz que, ao contrário dos EUA, necessidade no Brasil de institutos como o da Vale "não é muito clara"
CRISTINA GRILLO; DENISE MENCHEN; DO RIO
Barbosa, Antonio de Pádua Risolia.:
TRIBUNA: ARTURO LEYTE El territorio de las humanidades
Hay que reivindicar el estudio de la cultura humana, el cultivo de lenguas, textos y objetos que nos precedieron. No con un fin arqueológico, sino con el de constituir un modelo democrático de ciudadanía
Relatório d associação comercial ds EUA apresenta políticasde inovação da China, q incluem incentivo a cópia e imitaçãohttp://bit.ly/aghTHi
CARLOS HENRIQUE DE BRITO CRUZ
TENDÊNCIAS/DEBATES A parada no crescimento do ensino superior
Em SP, a chance de um jovem ir a uma universidade federal é de 0,7%, contra 10% no país e 70% no Acre; tal diferença atrapalha a expansão do ensino superior - folha de são paulo, 23-02-2012
QUEREM ACABAR COM A USP
by Ricardo Melo
Cobrar mensalidade é o primeiro passo para vedar o acesso dos mais humildes a centros de excelência
JORGE GUIMARÃES
TENDÊNCIAS/DEBATES O ensino superior no país está crescendo
É preciso um olhar enviesado para defender o oposto; em SP, há, com a criação da UFABC e as expansões da Unifesp e da UFScar, bem mais vagas federais - folha de são paulo, 28-02-2012
Aberta em 2006, instituição tem são parcerias com universidades de mais de 20 países, em todos os continentes
VALOR ECONÔMICO, 14-01-2014
CARLOS HENRIQUE DE BRITO CRUZ Obstáculos para o ensino superior
Em 2005, a previsão era, em 2010, formar 16.295 doutores. Foram 11,3 mil. Sem consertar o ensino médio, o superior continuará com dificuldades - folha de são paulo, 05-04-2012
Bernheim, Carlos Tünnermann. Desafios da universidade na sociedade do conhecimento: cinco anos depois da conferência mundial sobre educação superior / Carlos Tünnermann Bernheim e Marilena de Souza Chauí. – Brasília : UNESCO, 2008. 44 p
1. A universidade e a sociedade do conhecimento
1.1. O conhecimento contemporâneo .
1.2. A universidade e a sociedade
1.3. A globalização.
2. As respostas da educação superior aos desafios da sociedade e do conhecimento contemporâneos.
2.1. Os novos paradigmas para os processos de ensino e aprendizagem.
2.2. A dimensão ética da educação superior e da pesquisa na sociedade contemporânea
3. Cinco anos após a Conferência Mundial sobre a Educação Superior .
3.1. A Declaração Mundial sobre a Educação Superior para o Século XXI como bússola para os processos de transformação .
3.2. O impacto cinco anos depois das conclusões da Conferência Mundial na América Latina e no Caribe
Referências bibliográficas .
CIÊNCIA 'Think tank' do futuro
A universidade que quer moldar um novo mundo
RESUMO
A elite do Vale do Silício criou a futurista Universidade da Singularidade para formar líderes e buscar vencer desafios como a falta mundial de água potável. Sua visão utópica de um "mundo pós-escassez" contrasta com as máquinas de guerra dignas da ficção científica e o atropelo de questões éticas pelo capitalismo high tech.
CAROLE CADWALLADR
TRADUÇÃO CLARA ALLAIN - folha de são paulo, 06-05-2012
É o primeiro dia de trabalho na Universidade da Singularidade, e um holograma acaba de fazer o discurso inaugural. O próximo é Craig Venter, pioneiro do sequenciamento do genoma humano e criador da primeira forma de vida sintética. Mais tarde, veremos duas pessoas paralisadas da cintura para baixo vestindo exoesqueletos robóticos ficarem de pé e andar.
Antes disso, porém, o cofundador da Universidade....
Las reformas ‘neocon’ de Wert: ‘educación de desastre’
Se está produciendo una mutación en la concepción del derecho a la educación: si durante años fue una causa social, ahora la conciben como un imperativo económico, al servicio de la economía y de su competitividad.
ENRIQUE JAVIER DÍEZ GUTIÉRREZ 27 MAY 2012
INÉDITO Silêncio ensurdecedor
A corrupção acadêmica e a crise financeira
RESUMO
A série de inéditos que a Folha adianta em primeira mão traz texto de Charles Ferguson, vencedor do Oscar de melhor documentário de 2010 por "Trabalho Interno". Em livro homônimo, recém-lançado no Reino Unido, ele aborda conflitos de interesses de acadêmicos com prometidos com governo e empresas privadas.
CHARLES FERGUSON - TRADUÇÃO CLARA ALLAIN - folha de são paulo, Ilustríssima, 27-05-2012
MUITAS PESSOAS QUE viram meu documentário "Trabalho Interno" (2010) acharam que a parte mais perturbadora é a revelação sobre amplos conflitos de interesses em universidades e institutos de estudos e entre pesquisadores acadêmicos. Espectadores que assistiram às minhas entrevistas c....