Friday 18 March 2011

PADRÕES DE DESENVOLVIMENTO


Estudo

Padrões de Crescimento

04/03/2011
O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) concluiu um estudo inédito sobre o desenvolvimento econômico de 14 países asiáticos e latino-americanos no período de 1950 a 2007. O documento, produzido em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), contém análise de especialistas brasileiros que permitem compreender, por exemplo, o crescimento acelerado da China, a estagnação da Venezuela e a industrialização da Coreia do Sul.

“Padrões de desenvolvimento econômico: um estudo comparado de 14 países” analisa e compara o desenvolvimento econômico das sete maiores economias da América Latina e do Caribe (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela), e de seis entre as maiores economias em desenvolvimento da Ásia (China, Coreia, Filipinas, Índia, Indonésia e Tailândia), além da Rússia, único país incluído na análise cujo território se estende até a Europa. O estudo teve duração de aproximadamente um ano e...




Teoria do Desenvolvimento - Carlos Aguiar Medeiros












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PINTEC 2008 - ANÁLISES

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NOTÍCIAS
14 de março de 2011
Análise mais detalhada sobre os resultados da última edição da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec 2008) feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o crescimento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D&I) nacional não reduziu a distância que separa o Brasil dos demais países no esforço de ter empresas mais inovadoras. Entre 2005 e 2008, os gastos em P&D das companhias em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) cresceram 145% em Portugal, 23% na Espanha, 21% na China, 12% nos Estados Unidos e apenas 10% no Brasil, em um período de crescimento da economia mundial. O País, contudo, ficou um ponto percentual acima da média de crescimento dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para o período, que foi de 9%, três acima da Alemanha (7%) e cinco em relação à União Europeia (5%). Se o Brasil continuar nesse ritmo de crescimento da taxa de inovação, alerta o Ipea, demorará 20 anos para que o País chegue ao patamar observado nos países europeus.

Os números foram apresentados por Luiz Ricardo Cavalcante e Fernanda de Negri, pesquisadores do Ipea, no artigo "Pintec 2008: análise preliminar e agenda de pesquisa". A Pintec 2008 mostrou que o Brasil aumentou o investimento em atividades de inovação nas empresas industriais extrativas e de transformação e nas de serviços. A pesquisa, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), calcula a taxa de inovação das empresas, ou seja, a relação percentual entre o número de empresas que declararam ter introduzido pelo menos uma inovação no período considerado e o número total de empresas nos setores pesquisados. Na Pintec 2000, a primeira feita no País, a taxa de inovação foi de 31,52%. A Pintec 2003 registrou uma taxa de 33,27%, enquanto na Pintec 2005 a taxa foi de 33,36%. A última edição, de 2008, mostrou que a taxa de inovação nacional ficou em 38,11%. A Pintec levanta os gastos em atividades de inovação tecnológica, que são basicamente a aquisição de máquinas e equipamentos e a realização de projetos de P&D.

"Houve avanços significativos, mas ficaram aquém da expectativa que se criou em face das taxas de crescimento econômico entre 2005 e 2008, pois os investimentos em P&D tendem a ser pró-cíclicos, e também em virtude da disseminação de instrumentos de apoio à inovação nas empresas", afirma Cavalcanti, em entrevista ao Inovação. Os pesquisadores do Ipea preferem não considerar, para comparação, os números de 2000. "A Pintec 2000 deve ser usada com cautela. Foi a primeira edição da pesquisa e contém alguns conceitos que ainda não estavam cristalizados no Brasil. Tendo a achar que essa edição da Pintec é um outlier [valor discrepante], e que devemos concentrar a análise nas três últimas edições da pesquisa", aponta Cavalcanti.

"O problema fundamental, em minha opinião, é que os investimentos em P&D também cresceram significativamente no mundo todo, o que nos deixou praticamente na mesma posição em relação aos outros países", destacou Fernanda de Negri ao Inovação"Apesar do crescimento recente, nós não estamos conseguindo reduzir a distância que nos separa dos países desenvolvidos. Vale lembrar que o período 2005 – 2008, até antes da emergência da crise, foi um período de elevado crescimento econômico não apenas no Brasil, o que contribuiu para impulsionar as atividades inovativas no mundo todo", acrescenta.

No artigo publicado pelo Ipea, os pesquisadores explicam que o Brasil está em estágio intermediário de desenvolvimento tecnológico e, para reduzir sua defasagem em relação aos países mais desenvolvidos, precisa ter níveis de crescimento dos esforços tecnológicos superiores aos observados nos países centrais. Os autores lembram que os Estados Unidos, por exemplo, estão na fronteira tecnológica, e seria esperado que o aumento dos investimentos em P&D nesse país fosse menor. Contudo, ficou em 12%, superior ao brasileiro. "Países que estavam em um patamar de esforço tecnológico muito próximo ao Brasil em 2005, como Portugal, Espanha e China, tiveram um crescimento muito mais expressivo nos seus esforços tecnológicos e lograram, efetivamente, reduzir a distância em relação aos países da fronteira", destacam os pesquisadores do Ipea no texto. E alertam: "mesmo com o crescimento significativo dos esforços tecnológicos brasileiros no período recente, se o País mantivesse a mesma taxa, seriam requeridos cerca de 20 anos para chegar ao patamar observado atualmente nos países europeus."

Investimentos concentrados em número menor de empresas

Observando apenas a indústria extrativa e de transformação (excluindo-se serviços, portanto), os pesquisadores destacam o aumento das atividades inovativas – 24,45% na Pintec 2003 para 30,49% na Pintec 2008 (houve mudança na amostra na última edição da Pintec, pois não foram englobadas as atividades de edição e reciclagem). Contudo, esse aumento da taxa de inovação não se refletiu no esforço de P&D das empresas. Pintec 2008 confirmou que as firmas brasileiras continuam inovando mais pela compra de máquinas e equipamentos para implementar produtos e processos novos ou melhorados do que pela realização ou aquisição externa de P&D. Apesar do aumento das atividades e gastos em inovação, a Pintec 2008 mostra redução nas atividades de P&D internas e na aquisição externa de P&D – atividades de P&D realizadas por outra organização, como outras empresas, institutos de pesquisa e universidades.

Conforme o levantamento feito pelos pesquisadores do Ipea, 5,86% das empresas industriais que se declararam inovadoras na Pintec 2003 fizeram atividades internas de P&D e 1,43% disse ter feito aquisição externa. Na Pintec 2008, esses percentuais são de 4,25% e 1,41%, respectivamente. Essa informação já havia despertado a preocupação de analistas, conforme Inovação noticiou em novembro do ano passado.

O percentual dos gastos em atividades de inovação em relação ao faturamento aumentou no período 2003 e 2008 de 2,46% para 2,54%. Mas o índice de 2008 foi menor do que o 2005 (2,77%), apesar de a última edição da Pintec ter capturado um momento de maior crescimento econômico. Os gastos em P&D relacionados ao faturamento cresceram de 0,61% para 0,73% no período. Em atividades internas, o gasto em relação ao faturamento ampliou-se de 0,53% para 0,62%; e em aquisição externa cresceu de 0,07% para 0,10%.

Fernanda explica que a queda no número de empresas que fazem atividades de P&D interna ou aquisição externa não é necessariamente ruim, pois o indicador que relaciona o percentual de gastos em P&D com faturamento está aumentando. "O que esse indicador mostra é que as atividades de P&D estão se concentrando em um número menor de empresas", diz. Segundo ela, o investimento em P&D é concentrado em poucas empresas no mundo todo: segundo estudo de 2005 da UNCTAD, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, as 700 maiores firmas com gastos em P&D no mundo – entre as quais 90% são transnacionais – respondem por quase metade do total dos gastos em P&D mundiais e por 69% dos gastos empresariais em P&D. "Isso [a queda no número de empresas que fazem P&D], em si, não seria algo que merecesse um juízo de valor negativo. É um ponto a ser explorado [em análises futuras sobre os resultados da Pintec 2008]", completa Cavalcante.

Análise dos investimentos por intensidade tecnológica 

No artigo do Ipea, os pesquisadores fazem uma análise diferenciada dos dados da Pintec 2008 ao olhar o desempenho das empresas de acordo com a classificação das mesmas por intensidade tecnológica. Do total de 98.420 indústrias da amostra da Pintec 2008, apenas 37.808 se declararam inovadoras, e registraram uma taxa de inovação de 38,41%. Entre essas quase 38 mil empresas, a grande maioria (19.405) foi classificada no segmento de baixa intensidade tecnológica. A seguir vêm as empresas de média-baixa (10.377), de média-alta (6.883) e de alta (1.143). As que registram a maior taxa de inovação são as de alta intensidade tecnológica, com 58,27%, seguidas pelas de média-alta, com 50,27%; média-baixa (36,12%) e baixa (35,91%).

O estudo mostra que as empresas do setor de média-alta tecnologia são responsáveis pelos maiores gastos em atividades de P&D em relação ao faturamento, quando comparado aos segmentos de alta, média-baixa e baixa intensidade tecnológica, seguindo metodologia da OCDE e do próprio IBGE. Os pesquisadores do Ipea classificaram as empresas que estão no segmento "outros equipamentos de transporte" como firmas de média-alta intensidade tecnológica. Entre as empresas da categoria "outros equipamentos de transporte" estão desde firmas que produzem bicicletas, que são de baixa intensidade tecnológica, até as que produzem aviões, de alta intensidade. 

Na Pintec, não é possível fazer essa desagregação de informação. Por isso, os pesquisadores do Ipea optaram por classificar todo o setor que produz "outros equipamentos para transporte", incluindo o de fabricação de aeronaves, que é de alta intensidade, no setor de média-alta tecnologia. Dessa forma, os gastos da Embraer, por exemplo, uma das empresas que mais investem em P&D&I e no Brasil, consta no estudo do Ipea como um gasto de uma empresa de média-alta intensidade tecnológica, apesar de a companhia ser de alta tecnologia. Mas, segundo Cavalcanti, esse aspecto da metodologia não compromete os resultados da pesquisa.

Segundo o levantamento do Ipea, o setor de média-alta tecnologia é o que mais investiu em atividade interna de P&D (R$ 5,7 bilhões). A seguir vieram as empresas classificadas como média-baixa (R$ 2,5 bilhões), e as de baixa intensidade tecnológica, que investiram R$ 1,2 bilhão, mesmo patamar de investimento do setor de alta tecnologia. Na aquisição de atividades externas, quem mais investiu foi o segmento de média-baixa (R$ 676 milhões), seguido pelas empresas de média-alta intensidade (R$ 506 milhões), alta (R$ 499 milhões) e baixa (R$ 71 milhões).

Se observada relação entre o gasto em P&D interno e externo e o faturamento, a maior proporção fica com as empresas de alta tecnologia, cujo dispêndio em P&D corresponde a 1,89% do faturamento do setor, seguido pelas firmas de média-alta tecnologia (1,13%), média-baixa (0,62%) e baixa (0,26%). "A relação P&D sobre faturamento nos setores de baixa é, obviamente, menor do que dos de alta. O problema é que temos mais empresas de baixa do que de alta, assim, os gastos totais das de baixa são altos", explica Cavalcanti, acrescentando que a estrutura industrial brasileira ainda é relativamente concentrada em empresas de baixa intensidade tecnológica.

Se temos maior esforço no segmento de empresas de média-alta tecnologia, não seria recomendável que o Brasil focasse seus programas de apoio à inovação nesse setor? "Pessoalmente, acredito que políticas estritamente horizontais podem ter um universo muito amplo, o que dificultaria sua aplicação. Além disso, desconfio que nossa relação P&D sobre faturamento nos setores tradicionais não é muito diferente dos padrões mundiais, ao passo quetemos espaço para crescer nos setores de alta e média-alta - e nesses setores o universo de empresas é menor", responde Cavalcanti. "Isso, é claro, não significa abandonar os setores tradicionais, mas enfatizar atividades de inovação incremental que têm mais impactos sobre seus níveis de competitividade e são mais baratas", prossegue.

Sobre esse aspecto, Fernanda de Negri acrescenta que as políticas de inovação são recentes e talvez ainda não tenha havido tempo para que o potencial de mudança dessas ações se reflita nos indicadores de inovação das empresas. "Entretanto, é certo que é preciso focalizar essas políticas em setores mais intensivos em tecnologia, que teriam maiores possibilidades de impulsionar o desenvolvimento tecnológico do País. Setores como tecnologia da informação e comunicação [TICs] e fármacos respondem pela maior parte dos investimentos em P&D no mundo - 35% do investimento mundial em P&D é feito em TICs", diz. "Não é possível pensar em ampliar nossos investimentos em P&D sem aumentar a participação desses setores na economia, bem como seus esforços tecnológicos", conclui.


Cenário Mundial
Relatório da Unesco sobre políticas e indicadores de C&T mostra
avanço da fatia dos emergentes na produção mundial de ciência

Pesquisa de Inovação Tecnológica — Pintec 2008
Taxa de inovação cresce, mostra pesquisa do IBGE; compra de
máquinas e equipamentos permanece principal forma para inovar

Pesquisa de Inovação Tecnológica II — Pintec 2008 
Estudiosos preocupam-se com dados que mostram queda no esforço
de pesquisa na empresa; governo e empresas gostam dos resultados

Financiamento à inovação
Empresas participaram de 13,6% dos projetos apoiados pelos
fundos setoriais entre 2000 e 2008, aponta estudo do Ipea

Incentivos fiscais à inovação 
Empresas aplicam mais em P&D do que exigido pela Lei de
Informática; valor investido em 2008 equivale ao de 2002

Incentivos fiscais à inovação II
Cresce número de empresas que usam benefícios da Lei "do Bem", mas
investimentos em P&D foram 5% menores em 2009 em relação a 2008


















TD 1360 - Inovação Incremental ou Radical: Há Motivos para Diferenciar? Uma Abordagem com Dados da Pintec

Luís F. Tironi e Bruno de O. Cruz / Rio de Janeiro, 2008




Rothwell’s five generations of innovation models

Posted in Innovationmodel by (kb) on May 3, 2010
The British sociologist Roy Rothwell was widely regarded as one of the pioneers in industrial innovation with his significant contributions to the understanding of innovation management.
Rothwell’s five generations of innovation provides an historic overview of industrial innovation management in the Western world from the 1950’s onwards. He found that each new generation was in fact a response to a significant change in the market such as economic growth, industrial expansion, more intense competition, inflation, stagflation, economic recovery, unemployment and resource constraints. The five generations of innovation management is a descriptive model of how (manufacturing) companies structure their innovation processes over time. His research focused on technological innovation at multinationals and high-tech start-ups. The model can be used when defining a corporate innovation management strategy.
Traditionally, there are two ways to view the innovation process: the technology push approach and the market pull approach. This simple linear model prevailed from the 1950s till early 1970s. SEGUE......................



'Deficitômetro tecnológico'

Ambiente pouco propício a investimentos é o grande empecilho para que País seja mais inovador

Custo Brasil eleva importações de produtos acabados em setores como o eletroeletrônico e máquinas e equipamentos, mais intensivos em tecnologia

Janaína Simões 03/06/2011




INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO BRASIL
 -Editora UNESP 
Autor: SENNES, RICARDO UBIRACI 



Desafios da Inovação - Incentivos para Inovação: O que Falta ao Brasil 
(IEDI)  fev2010 capacidade de alavancar gasto P&D

CARTA IEDI N. 344 - INVESTIMENTOS EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NA OCDE E NOS BRICS





A face mutante da inovação

Autor(es): João Guilherme Sabino Ometto
O Estado de S. Paulo - 22/12/2011
Embora seja incontestável o avanço do Brasil em pesquisa e ciência, com a formação de 12 mil doutores por ano e a 13.ª posição no ranking de artigos científicos, novíssimo estudo da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi) permite concluir que o País ainda precisa evoluir muito em inovação. Há considerável lacuna entre o desempenho internacional e o doméstico nesse quesito tão decisivo para o crescimento sustentado e a soberania econômica.
O trabalho, intitulado Relatório Mundial da Propriedade Intelectual 2011 - A face mutante da inovação, ratifica como o domínio sobre os direitos ligados à tecnologia, processos, produtos e conhecimento tornou-se preponderante para se delinearem estratégias vencedoras de empresas em todo o mundo. Os dados também surpreendem, mostrando que nem mesmo as crises internacionais têm arrefecido o ânimo relativo à pesquisa e desenvolvimento (P&D): entre 1980 e 2009, as requisições de novas patentes cresceram de 800 mil para 1,8 milhão.
Depreende-se, assim, que a competitividade imposta pela globalização torna os investimentos em P&D - ou seja, em inteligência - um imenso diferencial competitivo e uma questão pragmática de sobrevivência e sucesso dos negócios e das próprias nações. O conceito mais contemporâneo de inovação, em que há companhias que chegam a investir entre 4% e 5% de seu faturamento, se refere à pesquisa e à ciência voltadas ao foco de agregar valor às empresas, resultando em produtos ou serviços únicos e de absoluta excelência. Por isso, essas companhias primam por deter milhares de patentes e pagam bônus aos seus cientistas quando as suas invenções conquistam o mercado.
É exatamente nesse aspecto que o Brasil parece estar na contramão das tendências, apesar de sua economia ser hoje uma das mais aquecidas e dinâmicas do mundo. Dentro dessa incontestável realidade, nosso governo não pode continuar demorando até sete anos para conceder uma patente. No vácuo deste imenso hiato burocrático, os produtos e serviços perdem sua condição inovadora, tornam-se obsoletos e têm competitividade prejudicada.
Tal descompasso fica muito claro nas estatísticas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): nosso país registrou, em 2008, somente 0,3 patente triádica (válida na Europa, nos Estados Unidos e no Japão) por grupo de 1 milhão de habitantes, muito abaixo dos países desenvolvidos e de seus principais competidores entre os emergentes. No período de 2003 a 2005, apenas 3,6% das empresas brasileiras lançaram produtos novos.
O relatório Science, Technology and Industry Outlook 2010, da OCDE, observa que o perfil da ciência e tecnologia no País ainda apresenta vários pontos fracos, como a baixa intensidade de P&D, com investimentos equivalentes a apenas 1,1% do PIB, e carências em termos de qualificação dos recursos humanos em ciência e tecnologia. Tais deficiências são ainda mais preocupantes diante de outra informação revelada pelo novo estudo da Ompi: o fomento da tecnologia não é mais prerrogativa exclusiva das economias de alta renda. Nesse item, a lacuna entre as nações desenvolvidas, emergentes e em desenvolvimento está diminuindo. Formas mais elaboradas e locais de inovação contribuem para o desenvolvimento econômico e social.
O Brasil não pode continuar defasado no contexto desse deslocamento do eixo mundial da inovação, pois, conforme afirma o documento da Ompi, o aumento da demanda por direitos de propriedade intelectual reflete a ascensão do mercado do conhecimento, fator exponencial para que as empresas se especializem e se tornem mais eficientes. A rigor, é preciso avançar muito, para não sermos surpreendidos por estudos como esse revelador relatório.



Empresas brasileiras de médio porte inovam pouco, diz estudo
Maioria não faz parcerias nem usa incentivos para inovação, segundo a Fundação Dom Cabral
Para empresários das companhias médias, falta uma cultura de inovação no país; burocracia também é criticada
SABINE RIGHETTI - ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE - folha, 24-03-2012
As empresas médias brasileiras inovam pouco, desconhecem incentivos fiscais à inovação e fazem poucas parcerias com universidades e com institutos de pesquisa.
Esse retrato veio à tona em um estudo inédito da FDC (Fundação Dom Cabral) apresentado em Belo Horizonte e acompanhado pela Folha.
Hoje, 80% das médias não usam... SEGUE...
BOX:Hypermarcas cria laboratório de biotecnologia
DA REUTERS - DE SÃO PAULO
A Hypermarcas e os laboratórios Aché, EMS e União Química Farmacêutica se uniram para criar uma empresa focada em medicamentos biotecnológicos.
O investimento estimado na joint venture Bionovis será de R$ 500 milhões em cinco anos, anunciou ontem a Hypermarcas.
Cada sócio terá 25% de participação acionária. A nova empresa focará em pesquisa e desenvolvimento de produtos biotecnológicos. Esse mercado movimentou cerca de US$ 160 bilhões no mundo e R$ 5 bilhões no Brasil em 2011.
O acordo prevê a obrigação de não concorrência entre as empresas. Isso quer dizer que elas se comprometem a não criar outras operações para a área de biotecnologia.
"A companhia, através da Bionovis, busca fomentar o desenvolvimento da indústria farmacêutica nacional e incentivar a inovação de medicamentos, colaborando com os poderes públicos para implementar soluções e políticas de saúde pública", afirmou a Hypermarcas em nota.


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Sunday 6 March 2011

COMISSÃO DO FUTURO DA CIÊNCIA NO BRASIL


Nicolelis e a Comissão da Ciência Brasileira: Estratégias para o futuro

Por Conceição Lemes
Ao pensar o futuro da ciência no Brasil, boa parte dos pesquisadores brasileiros volta os olhos, automaticamente, sem pestanejar,  para Estados Unidos, Europa e Ásia. Miguel Nicolelis, um dos mais respeitados neurocientistas do mundo, mira em outro alvo.
Professor e pesquisador na Universidade Duke, Nicolelis é apaixonado pelo Brasil e nosso povo. Membro das academias Brasileira, Francesa e do Vaticano de Ciências e ganhador de 38 prêmios internacionais, entre os quais dois dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, ele vive na “ponte aérea” Durham, Carolina do Norte – Macaíba, Rio Grande do Norte, onde implantou o Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lilly Safra (IINN-ELS).
É uma infatigável usina de propostas inovadoras, que funciona a mil por hora.
Tanto que, em 23 de novembro de 2010, divulgou aqui, em primeira mão, o Manifesto da Ciência Tropical: Uso democrático da ciência para transformação social e econômica do Brasil.
Agora, três meses depois, se lança a mais este desafio: a Comissão do Futuro da Ciência Brasileira, anunciada nesta quinta-feira, 3 de março, em meio a uma porção de crianças do bairro Cidade Esperança, periferia de Natal, numa escola de educação científica para alunos do IINN-ELS. Escola que nasceu justamente com a proposta de descentralizar a produção da ciência brasileira.
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